
Antonio Velásquez foi grande na sua época. Um toureiro valente, daqueles sem reservas, que em cada actuação saem dispostos a “jogar a vida”, no “ruedo”. Naquela trágica tarde, alternavam com Humberto Moro e José Luis Tirado, perante toiros Zacatepec. Rezam as crónicas que, perante o segundo do seu lote, de nome “Escultor”, um toiro bruto, com um piton esquerdo intratável. Antonio Velásquez começava a sua faena pelo lado esquerdo quando foi “prendido” pelo seu oponente, que lhe infligiu uma cornada pelo lado direito do pescoço, a qual lhe perfurou a língua e o palato (tal como sucedido com Julio Aparicio), fracturando-lhe o maxilar inferior e a base do crâneo.
À perícia dos médicos Ibarra e Rojo de la Veja salvaram a vida do Matador, que passaria, no entanto, por vários meses de calvário. As sucessivas cirurgias a que foi sujeito foram dolorosas, deixando sequelas na linguagem do Matador Antonio Velásquez.
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