Domingo, 30 de Setembro de 1985. Praça de Colmenar Viejo (Madrid), cartel composto por Antonio Chenel “Antoñete”, José Luis Palomar e José Cubero Sanchez, “El Yiyo”, este último em substituição de Curro Romero, com toiros da ganaderia de Marcos Nuñez.
Saiu o sexto da ordem, de nome “Burlero”. Yiyo começou a faena de “rodilla” em terra, com três muletazos por baixo. Sucederam-se três séries de redondos templados, ligados e intensos. As séries eram largas, de quatro e cinco muletazos, sem rectificar terreno, sitando no mesmo sitio. "Burlero", encastadíssimo, repetia a sua nobre investida.
Para completar a faena, Yiyo dispôs-se a torear por naturais, desmaiados, rematados com dois passes de peito. O público estava rendido e aplaudia de pé.
Em apoteose, Yiyo perfilou-se para a estocada… pinchou no osso. Voltou a perfilar-se e, lentamente, deixando-se ver, cruzou-se com o toiro, ferindo-o de morte, bem no alto do morrilho. O toiro revolveu-se e quando o toureiro lhe tentava sacar um passe natural, “Burlero” atingiu-o… caído na arena, o toureiro girou sobre si mesmo, tentando que o toiro não o colhesse. "Burlero" não fez caso dos capotes que acudiram ao site (os toiros, feridos de morte, ficam “cegos” nas suas investidas), e com uma terrível certeza, em décimos de segundo, perseguiu Yiyo até o alcançar, em cheio no peito. Levantou-o do chão e deixou-o de pé. "Burlero" caiu fulminado, enquanto Yiyo, auxiliado pelos homens da sua quadrilha e pelos colegas de cartel, dava três passos até à trincheira, com o olhar perdido, e caia inerte na arena.
A impressão inicial era a de uma cornada gravíssima… e a estupefacção dos toureiros denunciava a tragédia mortal.
Yiyo estava morto. Quando o transportavam pelo “callejón”, a caminho da Enfermaria, o aspecto era já cadavérico: os olhos abertos, extraviados e o rosto pálido.
Por ironia do destino, um ano antes, a 26 de Setembro de 1984, em Pozoblanco, havia sido Yiyo a estoquear “Avispado”, toiro que colheu mortalmente Paquirri. Assim, para a história, ficaria sempre como o único toureiro a estoquear dois toiros “homicidas”: “Avispado”, que matou Paquirri, e “Burlero”, que termino com a vida do mais jovem dos toureiros, com apenas 21 anos. Aos dois toiros, “Avispado” e “Burlero”, José Cubero Sánchez, “El Yiyo”, cortou as duas orelhas.
Saiu o sexto da ordem, de nome “Burlero”. Yiyo começou a faena de “rodilla” em terra, com três muletazos por baixo. Sucederam-se três séries de redondos templados, ligados e intensos. As séries eram largas, de quatro e cinco muletazos, sem rectificar terreno, sitando no mesmo sitio. "Burlero", encastadíssimo, repetia a sua nobre investida.
Para completar a faena, Yiyo dispôs-se a torear por naturais, desmaiados, rematados com dois passes de peito. O público estava rendido e aplaudia de pé.
Em apoteose, Yiyo perfilou-se para a estocada… pinchou no osso. Voltou a perfilar-se e, lentamente, deixando-se ver, cruzou-se com o toiro, ferindo-o de morte, bem no alto do morrilho. O toiro revolveu-se e quando o toureiro lhe tentava sacar um passe natural, “Burlero” atingiu-o… caído na arena, o toureiro girou sobre si mesmo, tentando que o toiro não o colhesse. "Burlero" não fez caso dos capotes que acudiram ao site (os toiros, feridos de morte, ficam “cegos” nas suas investidas), e com uma terrível certeza, em décimos de segundo, perseguiu Yiyo até o alcançar, em cheio no peito. Levantou-o do chão e deixou-o de pé. "Burlero" caiu fulminado, enquanto Yiyo, auxiliado pelos homens da sua quadrilha e pelos colegas de cartel, dava três passos até à trincheira, com o olhar perdido, e caia inerte na arena.
A impressão inicial era a de uma cornada gravíssima… e a estupefacção dos toureiros denunciava a tragédia mortal.
Yiyo estava morto. Quando o transportavam pelo “callejón”, a caminho da Enfermaria, o aspecto era já cadavérico: os olhos abertos, extraviados e o rosto pálido.
Por ironia do destino, um ano antes, a 26 de Setembro de 1984, em Pozoblanco, havia sido Yiyo a estoquear “Avispado”, toiro que colheu mortalmente Paquirri. Assim, para a história, ficaria sempre como o único toureiro a estoquear dois toiros “homicidas”: “Avispado”, que matou Paquirri, e “Burlero”, que termino com a vida do mais jovem dos toureiros, com apenas 21 anos. Aos dois toiros, “Avispado” e “Burlero”, José Cubero Sánchez, “El Yiyo”, cortou as duas orelhas.
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